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Tal mãe, tal filho

Tirei uns dias de folga, sabe? Tentando acalmar um pouco, redescobrir o prazer de ser mãe, de ser esposa, ser eu mesma. Voltei mais calminha, amando ainda mais o meu marido, dedicando-me ainda mais aos filhos. Como fruto dessa dedicação reparei que o meu Samuel tão calmo e tranquilo, tão gentil, estava nervoso, dando má resposta a tudo que falávamos com ele. Se eu o chamava para qualquer coisa, a resposta era aquele "quêêêê..." arrastado de má vontade em responder. Se eu dizia o que queria que ele fizesse era um tal "tá bom, tá bom...já tô indo". Poxa vida! Para quê tratar mal assim, né? Perguntava a ele o motivo e dizia para não podia dar respostas assim, mas nada resolvia.

Parei então para pensar o que o levava a ser daquele jeito. Afinal, mesmo quando o chamava para fazer algo bom como comer alguma coisa gostosa ou passear, a má vontade ao responder era a mesma. Percebi afinal que essa era a forma que eu mesma o tratava normalmente. Toda vez que ele vinha fazer uma pergunta, eu o respondia de forma estúpida. Ele, tão conversado, querendo contar seus casos, discursar sobre o campeonato mineiro, carioca, paulista.... (e tantos outros que ele conseguiu decorar. Que inteligente o meu filho!!) E eu o distratando, não ouvindo com paciência o que ele tinha a me dizer. Quando o Mauricio chegava cansado do trabalho também não conseguia dar atenção a ele. Deveria ser tão frustante para o meu filhinho os pais não quererem conversar com ele!! Ô culpa que me acompanha!!! 

De tudo isso, tiro um aprendizado: como posso exigir do meu filho bom tratamento, educação, respeito e gentileza, se eu mesmo não me comporto assim? 

Criança é espelho dos pais!!! Vejo nos meus filhos características minhas e do meu marido, inclusive as falhas como o sangue quente, o mal humor matutino!! rs!

Estou me lembrando da casa da minha Avó, onde fui nessa Páscoa. Samuel brigando por causa do jogo que ele estava perdendo, eu tentando controlar a sua fúria (rs!), mas foi inevitável o chilique. Ele saiu pisando firme, chorando e brigando. Meu tio, que acompanhou a minha infância inteira olhou para os outros que estavam presentes e disse:

- Haaa...nem dá para brigar com ele. É a Sheila escritinha!! - E eu mesma fiquei sem graça de chamar atenção do Samuel. 
Me lembrei que quando eu ficava naquela situação era só esperar uns 5 minutinhos que eu me acalmava sozinha. Foi o que fiz. Esperei e lá veio ele todo feliz para brincar como se nada tivesse acontecido. Por me conhecer tão bem, sabia que o conflito não era o melhor caminho naquela situação. Era questão de tempo. Ele se acalmaria sozinho.

Decidimos, portanto, consertar essa falha que tínhamos em relação aos nossos filhos. Conversar de forma mais gentil, dar atenção e responder a tudo com educação. Mesmo quando não quero conversar ou quando realmente não dá, eu digo para ele que aquele não é o momento de conversar e explico o motivo, sinceramente. Acho que fica mais fácil, afinal, ele já entende quando estou ocupada ou se digo que estou triste. 

Outro exemplo é a mania de gritar que o Bernardo tem. Não dá para eu pedir que ele pare de gritar, gritando em um tom ainda mais alto. Não dá para toda vez que ele fizer algo de errado eu gritar o nome completo dele (toda mãe faz isso?? rsrs)... 

Quando ele está aos berros, eu chego bem perto, grudando quase que o nariz no dele e digo bem baixinho "pare de gritar agora", bem brava mesmo. Aí ele para! rs! Com a cara que eu faço, até eu pararia!! rsrs! Mas ao menos ensino que não dá para resolver tudo no grito. Lógico que não sou uma mãe perfeitamente calma, que resolve tudo bonitinho alá cartilha de psicólogo (eles tem cartilhas?? rs!). Não! Eu sou naturalmente histérica, nervosa e dramática. Só tento me controlar um pouco mais. Tente você também!! Logo as coisas vão ficando mais calmas. 

Pois bem, filhos são mini gente, miniatura de nós mesmos. Sejamos o exemplo sempre, em tudo!! 

Bom dia!!

P.S. haaaaa....que saudade de vocês!! rsrs! Mais de 1 semana sem escrever no blog. Sorry!! =)


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