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Pais antipáticos

Quando nos tornamos pais, além de todas as mudanças em nossas vidas, além das coisa que abrimos mão, da correria e da loucura, acrescente "ser sociável" às multi-tarefas que aprendemos a desenvolver. Não digo apenas o "bom dia" diário ao porteiro, ao caixa da padaria... não! Não basta ser educada com todos, temos que exercer uma simpatia fora do comum com outros pais e crianças.

Explico melhor:

1. Você está passeando com os filhos em alguma lanchonete ou restaurante, do nada aparece outra criança sentada à mesa que não é sua. No meu caso, chego até a contar, para ver se não perdi a conta....rsrsrs! Mas não... a conta não bateu. Tem um à mais mesmo! E logo vem outra mãe desesperada de vergonha, internamente preocupada pensando que talvez aquela família (a sua mesmo...rs!) seja de psicopatas, tentando arrancar a criança da cadeira e ela tranquila já comendo a batata frita e tomando refrigerante!! rs! Nestas horas, damos um sorriso em solidariedade, dizemos que está tudo bem, que a criança pode até ficar por ali brincando com os seus filhos também. Só não insistimos muito para não confirmar a tese de família psicopata...rsrs! Todas pensamos do mesmo jeito!! rsrs

2. Passeando com o bebê e logo vem uma coisa pequeninha correndo em direção ao carrinho. A reação? Sei lá... pular no chão com o bebê nos braços para evitar a avalanche?? rs! Mas logo percebemos que é uma criancinha louca por outros bebês, com a mãozinha suja querendo só tocar no seu neném. Coisa boba, inocente.  Algumas mães ficam loucas de raiva, eu não! Quando percebo que é algo sincero, que não é nada de mal, aceito super bem o contato com outras crianças. Fico com o pé atrás apenas com crianças mal criadas e abusadas, no mais... tudo ok!

3. Preparamos um lanche gostoso e levamos na bolsa para quando as crianças tiverem fome no parquinho. Quando oferecemos, reparamos que há uma mãozinha à mais pegando do que foi oferecido. Aprendemos neste momento que nada é de ninguém quando oferecemos comida às crianças em público. E não dá nem para ficar constrangida se o seu filho age da mesma forma. Parece que existe uma espécie de pacto entre as mães de aceitar o que os pequenos fazem sem perceber que estão invadindo o espaço dos outros. Coisas de criança mesmo!!

Porém nem sempre é assim.

Saímos com os meninos. Fomos à Boca do Forno, aproveitando o clima gostoso de friozinho e o ambiente agradável e familiar que o restaurante proporciona. Eles fizemos uma réplica de um trem, com banquinhos menores e desenhos animados para distrair as crianças. Ficamos por lá, ocupando uma mesa apenas, apesar da prole grande!! rs!

Como é de se esperar, haviam outras crianças, famílias grandes e barulhentas. Samuel e Bernardo queriam interagir, conversar, brincar com dois meninos que estavam com essa família "discretíssima". Eles não deram a mínima. Chegaram a sentar ao lado dos meninos e nem tchum para os resmungos do Bernardo. Ainda bem que ele não é tão sentido quanto o Samuel. Logo deixou para lá e foi se distrair com outras pessoas que ele já havia interagido anteriormente.

O garoto mais novinho, que devia ter em torno de 4 anos, chegou perto da Luiza, quis passar pelo espaço minúsculo que havia entre o carrinho dela e a nossa mesa e quase virou o carrinho com ela dentro!! Sou tranquila demais quando algo assim acontece, afinal, só quem tem um sapeca em casa para entender que acidentes acontecem... Só segurei o carrinho e sorri para a criança, incentivando que continuasse a brincar normalmente. Olhei sorrindo de forma simpática para o pai esperando pelo menos a retribuição do sorriso, algum pedido de desculpas pelo incômodo, sei lá. Mas nada! Ele continuou de cara fechada, não se preocupou em tirar a criança de lá esperando que ela saísse quando e se quisesse e saiu depois de um tempo com a cara de...haa...melhor não comentar!!

Em contrapartida, ao descer uma escada e ver que uma garotinha estava subindo, Bernardo de apenas 3 anos, não apenas esperou que ela subisse com calma, como também estendeu a mão para ajudá-la na "escalada" de forma gentil e simpática. A mãe da menina ficou espantada:

- Nossa!! Que cavalheiro!!

E eu? Cheia de orgulho!! rsrs!
Bom, questão de exemplo, né? De criação...  rsrrs!

Sejamos mais leves, minha gente... please!! O mundo já está chato o suficiente!! E principalmente, dá para criar crianças menos antipáticas???? Está sofrido, viu??
=)

Meu Bernardo lindo, aprendendo com o pai a ser tão gentil... Amo!

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