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Como levar a maternidade de forma mais leve?

Fonte: saudebeleza.org
Toda ação gera uma reação. Está garantido pela física e comprovado por nossas experiências pessoais. É só uma forma menos poética de dizer: tudo o que plantamos colhemos. As escolhas que fazemos não apenas traçam  nosso caminho, como também dizem quem realmente somos, na essência. Não adianta discurso bonito, se é nas atitudes que entendemos quem cada um é.

No entanto, mesmo quando nossa essência é boa, a terra fértil e semente bem plantada, surgem atitudes que não planejamos, não condiz com nossa personalidade, apenas fogem do controle. Está garantido também pela física que uma força externa pode alterar a estado de um objeto, ainda mais estando ele em repouso, neste caso, o que veio para interferir, nem precisa de tanta força para nos tirar do eixo. Observando o dia a dia com os filhos, comprova-se essa teoria, que de teórica não tem nada!

Quantas vezes nos pegando seguindo uma rotina às cegas, sem nem pensar se ela é tão necessária ou tão benéfica. Acontece que filho é o "X" dessas equações. Passamos a vida inteira procurando não o seu valor, que é inestimável mesmo, mas prever seus "passos", possíveis trajetória, sem sucesso, é claro. Cada dia um resultado diferente. Cada manhã um recomeço, se dermos a sorte de dormirmos! Para complicar a vida, há também aquela força externa que pode ser uma noite mal dormida  - efeito zumbi -, dentição, "terríveis dois" - já escrevi sobre isso -, alguma mudança na rotina como um passeio ou entrada na escolinha, visitas, presentes, avós, irmãos que nascem, irmãos que vivem em outra casa, irmãos que vivem junto, seu humor, humor do pai, babá atrevida que ensina o que não foi instruída a fazer, seu trabalho, trabalho do marido, pitaco "dasamiga", pitaco da sogra, pitaco de qualquer um, enfim, tudo que tire a normalidade da rotina da família, mudanças necessárias ou que fazem parte do cotidiano, mas que mesmo assim, trazem um certo estresse. Essas forças externas, quando chegam e sempre chegam, caso não estejamos preparadas, ressabiadas, cabreiras e bastante espertas para perceber, somos levadas como por uma onda. Se deixarmos, podemos acabar jogadas nas pedras, metaforicamente falando.Na prática, tomamos aquelas atitudes que não fazem parte da nossa personalidade, não retratam quem somos.

Quando nasce um filho, o primeiro, sempre planejamos: não serei uma mãe histérica, ele terá uma alimentação assim ou assado, não deixarei que o trabalho afete a maternidade e não deixarei de ser uma excelente profissional comprometida com os resultados, eles jamais farão uma pirraça em público, dormirão "X" horas e mais uma infinidade de expectativas e planos que traçamos na esperança... NÃO!... na convicção de que conseguiremos cumprir as metas, como se fosse algo fácil. As outras mães que assistimos por aí reclamando ou vivendo algo diferente são muito exageradas ou péssimas mães.

- Há! Se fosse comigo! - pensamos.

Tudo OK. Também já pensei assim e passei mais 6 anos redescobrindo a maternidade, a real.

De tudo o que passei, todos os apertos e problemas que tive, aprendi uma coisa: não dá para esperar o baque dos problemas. Não podemos deixar que as ondas nos leve. Em vez de lutar para seguir uma rotina engessada, causando um estresse desnecessário, que tal adaptar a rotina para a paz reinar? Eu prefiro ficar brincando com meus filhos, assistindo desenho, do que correr o dia todo para manter a casa arrumada e eles largados por aí, fazendo pirraça, implorando por atenção. Do que adianta brigar com a criança na hora das refeições, enfiando guela abaixo um brócolis, quando você poderia pesquisar quais alimentos poderiam substituir por terem as mesmas vitaminas ou novas receitas para que mude a cara do legume e o faça mais atrativo?

No quesito ser levado pela onda, dá para prever certas coisas como uma pirraça. Filhos passam por fases semelhantes, é só você se antecipar. Pesquise, procure saber e conversar com outras mães. O bebê, que pode ser mais anjinho do mundo, passará pelos "terríveis dois" e sim, te desafiará, será atrevido e chato, como qualquer outro. PRE-PA-RA!!!! rs! E pensando nessa fase "adorável", evite situações que podem resultar em pirraça, NAQUELA pirraça de enlouquecer, sabe? Nada de passar em frente a lojas de brinquedos! Entrar, então, nem pensar! Para quê dizer um "não" assim, seco, se dá para sugerir outro opção e evitar o estresse, principalmente quando há plateias, daquelas que julgam bem julgado?

- Pode? - o filho pergunta.
- Há! Que tal brincarmos de "tal coisa"? - a mãe sugere.

Pronto! Evitou a briga, a confusão, o estresse. Mais ums dia se passou e você sobreviveu. E assim, os dias vão passando, as fases vão dando lugar a outras, algumas mais fáceis, outras complicadas como é de se esperar. Todos já conhecem, dá para se preparar. Não apenas da física, mas da vida, tiramos um aprendizado importante: nunca ficarmos inertes esperando os problemas acontecerem, ao mesmo tempo, não lutarmos demais por problemas que não têm solução. Flexibilidade! Já crescemos, fomos preparadas para este desafio. Não entendo a dificuldade neste quesito com a maternidade. É "rebolar" da mesma forma que fazemos no trabalho, no casamento, na vida em família. A intenção é fazer da maternidade algo mais leve, mais tranquilo de ser levado. E onde está o erro em querer fazer da maternidade uma experiência prazerosa, que nos complete, algo que faça suspirar, em vez de nos enlouquecer?

Agora, que me perdoem as leitoras, mas tenho que ir ali, rebolar para colocar criança na cama. Afinal, de todas as minhas imperfeições na maternidade, a que eu mais gosto é poder dormir ao lado dos meus pequenos. Se é certo? Sei lá! Não perco meu tempo com os pitaqueiros. Mas amo dormir com o cheirinho deles assim tão perto. No meio da noite, levanto e volto para o computador ou se o cansaço for muito grande, mudo para cama do marido! Só mudo de braços, mas o amor é o mesmo!!! Tão forte quanto! E onde está o erro em amar tanto?

Boa noite!

JOTA QUEST - DENTRO DE UM ABRAÇO

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