Sempre ouvimos que o diálogo é a base de um relacionamento sincero, firme e que realmente gera uma amizade, companheirismo. Esperamos, buscamos e até exigimos dos nossos amigos, companheiros, namorados e maridos, mas já tivemos essa mesma ideia quanto aos filhos? Sei não...
Creio que somos induzidos a pensar que "eu mando, e pronto", "eu digo e tenho razão", "eu sempre sei tudo" são as frases que norteiam a maternidade, o relacionamento mãe-filho. Quando estão pequenininhos, dá até para seguir esse conceito. Porém ao começarem a questionar as "ordens" sem nexo, o que você fará?
Sou partidária da comunicação simples e clara. Sem rodeios, sem mentirinhas. Ao deparar com um assunto que não é para a idade deles, explico que aquilo não é assunto para criança e pronto. Samuel é muito inteligente. Ele não aceita um "não" seco. Quer saber o porquê das coisas e não vejo mal nenhum nisso, ele tem personalidade, uai...Coisa mais natural, impossível!! rs!
E isso não me faz uma mãe menos firme, menos convicta do que estou fazendo. Só quero que o meu filho se desenvolva com inteligência, sem seguir ordens como um cão. Quero que pense, argumente, pergunte, questione, seja curioso. Isso o fará crescer com senso crítico, com personalidade própria e talvez até amenize a síndrome adolescente de "fazer o que todo mundo faz". Tenho um medo disso!! Fazer com que o meu filho pense por si próprio, faz do nosso relacionamento até mais interessante. Tenho que estar bem informada, responder a tudo com inteligência, por que se não o fizer assim, ele me corrige, viu?? rsrs! Corrige mesmo!! rsrs! Na frente de todo mundo....rs!
Há também a necessidade de criar esse hábito de conversar, trocar ideias, até mesmo para o futuro, quando estiverem na adolescência ou passarem por problemas. É bom saber que eles tem a quem recorrer para conversar e que ouvirá com calma sobre os problemas da vida de criança ou adolescente. E nós, muitas vezes, temos a mania de menosprezar, achar que é é besteira. Nos esquecemos que também já passamos por essas fases.
Quem aí já sofreu alguma espécie de bullying? Eu já! Foi chato demais. Fiquei envergonhada em conversar com qualquer pessoa... Mas adoraria poder contar com alguém.
Quem aí já se apaixonou na escola? Todo mundo, né? E que bom seria poder conversar com um amigo de confiança, que não irá caçoar desse problema.
Quem aí já esteve frente a frente com drogas ou outros caminhos errados? Muitas escolhas que levaram à destruição de uma vida ou de uma família, poderiam ser evitadas se houvesse um pai de cabeça aberta para ouvir antes de julgar. Bom, ainda não cheguei a esta etapa, graças a Deus! rs!
Samuel adora conversar! Ás vezes, o que ele tem para me dizer, nem sempre me interessa, afinal, a cabeça já está tão cheia de problemas, tanta coisa para pensar que a última coisa que eu quero é opinar quanto ao campeonato catarinense de futebol ou o desenho do Bob Esponja. Mas espera um pouquinho... Eu também já gostei do Bob Esponja!! E que mal tem eu parar um instante para bater papo com o meu filho, ver desenho com ele, comentar e opinar sobre o que estamos vendo, ouvir a sua opinião sobre as coisas que estão ao nosso redor? Quê mal há, hein? Nenhum!! Estou mostrando à ele que estarei sempre ali para conversar, mesmo os assuntos mais bobos!
Dia desses, assistimos o filme "Os vingadores". Eu, que sempre amei filmes com super-heróis, adorei poder conversar com o meu filho sobre o que gosto em cada personagem. Ficamos discutindo sobre quem era mais forte, o Hulk ou o Thor... Sobre quem era o mais legal, o Homem de Ferro ou o Capitão América. Engraçado mesmo foi me ver argumentando seriamente com ele sobre o assunto! rs!!! No final, brincamos de ser herói. Ele o Homem de Ferro e eu o Capitão América!
Venci!! rsrs!
Mas a maior vitória está nos momentos que passamos juntos, na gargalhada gostosa, na brincadeira e momentos leves que tivemos.
Foi tão bom!!
Exerça o poder do diálogo, Crie um vinculo muito maior que pai-filho. Crie amizade, respeito, companheirismo!
A viagem não terá sido em vão!!
Bom dia!!
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