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Mãe de primeira viagem, sim!



Antes de engravidar eu não sabia nada sobre gravidez. Ok, ok! Eu sabia como bebês são feitos, sabia sobre ciclo menstrual, sabia que você enjoa, que sua barriga cresce. Mas eu nem passava perto de saber o que é esse bicho estranho chamado gestante.
Minha gravidez não foi planejada, ou melhor: eu não planejei, quem planejou foi o cara lá de cima. Um belo dia senti os seios maiores e nenhum sutiã ficava sem as terríveis bochechinhas. Achei que tinha engordado e antes mesmo da menstruação atrasar me descobri grávida.

Não é exagero dizer que meu centro gravitacional mudou. Tudo começou a ser mantido em seu lugar por uma forcinha bem pequena e muito forte que existia ali embaixo do meu umbigo. Com 7 semanas o primeiro ultrassom: aquele pacotinho no meu umbigo tinha coração e pulsava ditando o novo ritmo do meu mundo.
Desde os 8 anos eu sonhava em ser mãe e quando enfim aconteceu, tudo dentro de mim estava em reboliço. Um medo enorme ganhou pernas, braços e foi me envolvendo e criando caraminholas na minha cabeça de gestante. Meu cérebro, já embotado pelos mil hormônios que ali circulavam, me fez ver ‘chifre em cabeça de cavalo’. Embora todos os exames dizendo o contrário, eu encontrava uma palavrinha do médico para achar que alguma coisa estava errada e eu ia acordar do meu ‘sonho’.

Eu não sabia por exemplo, que no começo da gestação é comum sentir cólicas, que até se parecem com aquelas cólicas menstruais. A Ginecologista/Obstetra que eu estava indo na ocasião também não me preveniu ou deu qualquer orientação. Então, quando senti cólica, achei que estava perdendo meu bebê. Parece bobeira agora, mas na hora foi a coisa mais apavorante de toda a minha vida. Fiz até promessa (rs). No fundo, acho que toda mãe entende desse meu medo e do monstrinho da insegurança.

Depois de trocar de médica, conversar, ler e me informar melhor, e também depois de uma dose enorme de paciência, acolhimento e segurança que o Marcos meu esposo me passou (dizendo insistentemente e sem pausa que ele tinha certeza de duas coisas: era um menino e ia dar tudo certo rsrs), comecei a aceitar um fato que terei que conviver para sempre: Por mais que eu ame meu filhote, não tenho controle sobre tudo que acontecerá com ele - mesmo o que acontece dentro do meu corpo.

Como é difícil esse assunto de maternidade, não? Em uma consulta com a ginecologista, eu – com uma nova lista de dúvidas na mão – disse a ela que tinha constatado que as consultas serviam para tirarmos alguns receios e irmos para casa arrumar receios novos rsrs. E não é verdade?

Agora são mais 18 semanas pela frente e vou contar para vocês tudo que acontece por aqui, no incrível mundo do Rafa!



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